A partir do dia 14 de junho, o Museu da Energia, em São Paulo, recebe a segunda edição da exposição Onde Mora a Esperança, realizada pela Habitat para a Humanidade Brasil em parceria com a Whirlpool Corporation, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e com apoio do Ministério da Cultura. A mostra, com curadoria assinada por João Kulcsár e produção da Arquiprom, reúne 26 painéis fotográficos que atravessam continentes e culturas, revelando o que há de mais íntimo e poderoso na vida de qualquer pessoa: o lar.
Mais do que uma exposição de fotos, Onde Mora a Esperança é uma convocatória visual para pensar a moradia como direito. As imagens retratam famílias, comunidades e territórios onde a Habitat para a Humanidade atua há 45 anos em mais de 70 países. São registros que traduzem a luta por um futuro mais justo, partindo sempre do mesmo ponto de partida: a casa.
Um olhar plural sobre o mundo e sobre o Brasil
Com curadoria sensível e ível, a mostra reúne o trabalho de fotógrafos como Carolina Guerrero, Jason Asteros, Mikel Flamm, Annalise Kaylor, Bernardo Dantas, Ezra Millstein e dos brasileiros Maíra Erlich e Rodrigo Zaim. Maíra fotografou o semiárido pernambucano, onde a Habitat Brasil atua há mais de uma década com soluções de o à água segura. Rodrigo documentou a realidade de famílias da comunidade de Heliópolis, na zona sul de São Paulo, além de registrar a situação de moradia de pessoas em situação de rua no centro da capital.
Esses retratos formam um contraste potente e necessário. Enquanto algumas imagens revelam conquistas concretas — uma reforma, uma cisterna, um chão firme — outras expõem o abismo que ainda separa milhões de brasileiros de uma habitação minimamente digna.
“Os cenários e as realidades registrados são múltiplos, mas estão unidos pela esperança presente em cada sonho, em cada conquista, em cada lar construído na luta pela garantia de moradias dignas e seguras para todos e todas”, afirma Socorro Leite, Diretora Executiva da Habitat Brasil.
Arte, memória e justiça social
Num país em que mais de 30 milhões de pessoas vivem em moradias inadequadas, a exposição chega em um momento crucial. Após os anos mais duros da pandemia, ficou ainda mais evidente que a casa não é só um abrigo: é saúde, é segurança, é estabilidade emocional e financeira. É o ponto de partida para qualquer outro direito.
A mostra também propõe uma imersão emocional. Cada imagem é uma porta aberta para histórias de luta, afeto e pertencimento. O visitante é convidado a enxergar a casa como espaço político, afetivo e estruturante. Um espaço onde a dignidade se materializa.
Além disso, a exposição é 100% ível: todas as fotografias contam com audiodescrição (na mostra e no site), o espaço é adaptado para pessoas com deficiência e há possibilidade de agendamento de intérpretes de Libras para grupos.
“A mostra convida o público a refletir, por meio da arte e da fotografia, sobre a importância da dignidade em cada lar”, destaca Claudinéli Moreira Ramos, presidente do Conselho da Fundação Energia e Saneamento.
Por que isso importa?
Porque toda pessoa merece um lugar digno para viver. Porque nenhuma criança deveria crescer sob goteiras, entre paredes frágeis ou sem endereço fixo. Porque a casa é a base para saúde, educação, estabilidade financeira e autoestima.
E porque a moradia digna não é caridade, é construção coletiva. A Habitat Brasil acredita nisso e atua nesse sentido: ao lado das comunidades, com apoio de outras organizações e voluntários, promovendo o o à moradia, água e saneamento adequados por meio da mobilização de políticas públicas e da construção de soluções reais — como cisternas, reformas, regularização fundiária e muito mais.
Visite, compartilhe, apoie
A exposição fica em cartaz de 14 de junho a 30 de agosto no Museu da Energia, no centro de São Paulo, com entrada gratuita. É uma oportunidade de se conectar com histórias que, apesar das distâncias, falam de algo comum a todos nós: o desejo de viver com dignidade.
Museu da Energia de São Paulo
De 14/06 a 30/08
Abertura: 10h, entrada gratuita
Alameda Cleveland, 601 – Campos Elíseos
e o site da exposição.